Brasil Sem Misoginia

A proposta busca conscientizar e mobilizar a sociedade para o enfretamento à misoginia enquanto raiz de todas as formas de violência contra as mulheres.

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Conceito de Misandria

A misandria é uma forma de discriminação sexual que se caracteriza pelo ódio ou aversão ao sexo masculino ou a figura do homem. De certa forma, é o oposto da misoginia, apesar de alguns movimentos não entenderem desta forma, como discorreremos adiante. A misandria deriva do grego em que misos é traduzido como “ódio” e andria como homem ou masculino. A misandria pode chegar a ser um discurso de ódio, pelo que se entende a fala e argumentos que busquem a inferiorização de uma classe ou grupo.

Contexto histórico

Solanas criou um manifesto intitulado SCUM Manifesto (Society for Cutting Up Men, 1967). Trata-se de um apelo claro à eliminação do homem. Através deste manifesto, Solanas manifestou, e de forma literal, o desejo de destruir o género masculino.

Uma vez que a palavra é antiquíssima, terá certamente surgido da necessidade de nomear uma emoção que já existia na Grécia Antiga. Segundo uma professora de Literatura da Universidade de Princeton, que escreveu um artigo sobre padrões de género na arte dramática de Ésquilo, a misandria surge como reacção natural à misoginia vigente na sociedade da Grécia Antiga. Nas sociedades contemporâneas, apelidam-se erroneamente de misandria alguns dos movimentos feministas de expressão violenta, por exemplo, o sufragismo – caso claro de não-misandria, uma vez que aquelas mulheres apenas se bateram pelos direitos de igualdade de género e não por qualquer espécie de supremacia.

Estatísticas

Estudos da Universidade de Corunha, na Espanha, realizaram comparações com grupos de entrevistados quanto a artigos publicitários que tinham teor neutro, misândrico e misógino. O que os estudos concluíram é que existe uma maior tolerância com a misandria do que com o machismo, mas ambas são rechaçadas em 80%. Segundo o IPEA: “De acordo com o Ipea, 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Em relação ao homem isso não ocorre. Apenas 6% dos assassinatos de homens são cometidos por uma parceira.”. Como se percebe uma desigualdade de gêneros e sexos ou uma desigualdade entre homens e mulheres, percebe-se porque os atos mais brandos de misandria são mais aceitos que os atos de machismo.